
Um livro de que gostei muito foi sem dúvida o "Equador" do Miguel Sousa Tavares e recomenda-se.
Eis um pequeno resumo:
Para fugir a um dos seus casos ou para cumprir o dever e honrar a pátria, Luís Bernardo (protagonista) aceita o cargo de Governador de São Tomé e Príncipe, trocando as noites no São Carlos pelas roças e praias de areia fina das ilhas.
Da Índia, vem um amor inesperado; das roças, o problema da escravatura; da cabeça de Luís Bernardo, novas ideias que o levam a uma nova compreensão da vida e de tudo o que o rodeia.
1 comentário:
Há já algum tempo que "O Equador" andava na berra. Na Biblioteca era uma guerra com os dois exemplares a não chegarem sequer ás estantes. Nos jornais, multplicavam-se as críticas e opiniões (quase todas elogiosas), de Itália vinham prémios e até a insuspeita revista "História" lhe dedicou um artigo comparando a ficção com os factos históricos da época.
Mesmo assim, confesso, foi um pouco de pé atrás que lhe peguei. Desde logo porque tinha já incluído "O Equador" no rol de livros que fazem as delícias de um público (desculpa-me o machismo, mas fundamentalmente feminino) que procura e se revê um obras e autores que a mim não me despertam grande interesse (Sveva Casati Modignani, p. ex, isto já para não falar em Nicholas Sparks!!. E depois porque, não "vou muito á bola" com Miguel Sousa Tavares (ou talvez só com os seus comentários).
Pois bem, "O equador" revelou-se-me uma bela surpresa! É um livro de leitura muito envolvente e empolgante que me fez redescobrir em pleno, os prazeres da leitura.
A difícil missão atribuída a Luís Bernardo foi, durante algum tempo, também minha. Páginas tantas, quem vai naquele barco com destino a São Tomé sou eu próprio. E sou eu quem está disposto a enfrentar os donos das roças, sou eu quem se indigna com o que se lá passa, sou eu quem sonha com um futuro diferente para São Tomé e para os habitantes daquelas ilhas...
No final, os factos (históricos) sobrepoem-se á ficção, e é então que nos apercebemos que estávamos só a ler um livro. E que tudo não passou de um sonho, ou melhor, de uma utopia sonhada. Pois bem, mesmo assim, valeu a pena já que o sonho, esse, ninguem nos tira.
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